Despedidas que marcaram 2025

Despedidas que marcaram 2025
Despedidas que marcaram 2025 O ano de 2025 ficará marcado como um dos mais dolorosos para as artes, a cultura [1] e o entretenimento, tanto no Brasil quanto no mundo. Durante os meses que se passaram, uma série de perdas significativas tocou gerações inteiras, trazendo à tona um profundo sentimento de luto e reverência pelas personalidades que deixaram sua marca. No primeiro mês do ano, o cenário cultural já foi abalado por perdas notáveis. Em 15 de janeiro, o mundo do cinema disse adeus a David Lynch, que faleceu aos 78 anos. Reconhecido por revolucionar a narrativa audiovisual com obras como "Twin Peaks", Lynch deixou um legado indelével na sétima arte. No dia 19, o Brasil lamentou a partida de Léo Batista, aos 92 anos, uma voz icônica do jornalismo esportivo brasileiro que lutava contra um tumor pancreático. A trajetória dele, marcada por décadas de contribuição à Globo, permanecerá viva na memória coletiva. Outro grande nome perdido em janeiro foi Marina Colasanti, escritora respeitada que faleceu no dia 28, aos 87 anos. Seu velório ocorreu no Parque Lage, no Rio de Janeiro, um espaço que simboliza sua profunda conexão com a arte desde a infância. O mês seguinte trouxe novas despedidas impactantes. Cacá Diegues, um dos pioneiros do Cinema Novo, faleceu em 14 de fevereiro aos 84 anos, após complicações decorrentes de uma cirurgia. Sua obra é considerada fundamental para a construção do audiovisual brasileiro. Ainda em fevereiro, em 26, a morte da atriz Michelle Trachtenberg, conhecida por suas atuações em séries como "Gossip Girl" e "Buffy", chocou os jovens fãs. Trachtenberg tinha apenas 39 anos e havia recentemente enfrentado um transplante de fígado. A literatura e a televisão sofreram novas perdas em abril. No dia 13, Mario Vargas Llosa faleceu aos 89 anos. O escritor peruano e vencedor do Prêmio Nobel deixou uma vasta obra que explorou temas relacionados à política e identidade latino-americana. Logo depois, em 24 de abril, a atriz Lúcia Alves morreu aos 76 anos após lutar contra o câncer no pâncreas. Sua contribuição ao mundo da atuação foi reconhecida por fãs e colegas. O mês de maio foi marcado por importantes perdas na música. Em 1º de maio, Nana Caymmi nos deixou aos 89 anos no Rio de Janeiro. Considerada uma das grandes vozes da MPB, sua discografia atravessou gerações. No dia 21 de maio, o público infantil lembrou com carinho de Dorinha Duval, a primeira Cuca do "Sítio do Picapau Amarelo", que faleceu aos 96 anos. Apenas dois dias depois, Sebastião Salgado partiu aos 81 anos; o renomado fotógrafo dedicou sua carreira a retratar desigualdades sociais e dignidade humana. Em junho, o samba brasileiro sentiu profundamente as perdas. Bira Presidente faleceu em 14 de junho aos 88 anos. Fundador do Cacique de Ramos e do Fundo de Quintal, ele lutava contra problemas relacionados ao câncer e Alzheimer. Poucos dias depois, Francisco Cuoco morreu aos 91 anos por falência múltipla dos órgãos; ele foi um ícone da televisão brasileira. O mês de julho trouxe consigo perdas ainda mais trágicas. Em 3 de julho, Michael Madsen morreu aos 67 anos após sofrer uma parada cardíaca. No dia 20, Preta Gil [2]perdeu a batalha contra um câncer intestinal aos 50 anos; sua luta inspirou muitos brasileiros. Duas semanas depois, Ozzy Osbourne também nos deixou aos 76 anos após um show de despedida realizado pouco antes. O mês seguinte marcou uma perda histórica para o samba com a morte de Arlindo Cruz [3]em 8 de agosto. O compositor e músico enfrentava sequelas de um AVC desde 2017 e deixou mais de quinhentas composições que ecoarão por gerações. No dia 4 de setembro, Giorgio Armani partiu aos 91 anos; seu legado transformou o mundo da moda para sempre. A música brasileira também se despediu da talentosa Angela Ro Ro em 8 de setembro e Hermeto Pascoal em 13 do mesmo mês. Pessoas queridas como Claudia Cardinale (87 anos) e Paulo Soares (63 anos) também partiram nesse período triste. No dia 11 de outubro, Diane Keaton faleceu aos 79 anos devido a complicações relacionadas à pneumonia; ela deixou uma carreira repleta de personagens memoráveis. À medida que o ano se aproximava do fim, novas figuras da música partiram. Em novembro foram registradas as mortes de Lô Borges (73), Jards Macalé (82) e Jimmy Cliff (81), todos deixando legados significativos nas artes. O último mês do ano viu a morte de Lindomar Castilho (81), Sady Baby e mãe Carmen - todos deixando marcas indeléveis nas vidas que tocaram. O teatro também perdeu Teuda Bara nesse mês; seu impacto será sentido pelas futuras gerações. No entanto, o evento mais trágico foi o assassinato da ex-atriz mirim Imani Dia Smith em Nova Jersey. Em meio a tantas perdas neste ano tumultuado e desafiador, dezembro encerrou com o falecimento da icônica Brigitte Bardot (91), cuja paixão pelo Brasil era notória. Assim se fechou o ciclo de um ano repleto de despedidas dolorosas mas também iluminadas pela memória duradoura desses artistas cuja arte continua a ressoar entre nós. [1] https://www.gov.br/cultura/pt-br [2] https://abcdoabc.com.br/preta-gil-morre-aos-50-anos/ [3] https://abcdoabc.com.br/arlindo-cruz-morre-66-ano-rio-de-janeiro/