
A onda de calor [1] que impacta o estado de São Paulo motivou a emissão de uma nota técnica urgente pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP [2]) nesta terça-feira (30). O comunicado oficial visa preparar a população e a rede de atendimento para enfrentar o aumento expressivo das temperaturas, que caracteriza um risco iminente à saúde pública.
Técnicos da Sala de Situação Estadual de Emergências e Desastres definem o fenômeno atual pela persistência de temperaturas entre 5°C e 7°C acima da média histórica por, no mínimo, três dias consecutivos. Esse cenário climático exige mudanças imediatas na rotina para evitar colapsos físicos.
Perigos da onda de calor e grupos vulneráveis
O aumento súbito dos termômetros durante uma onda de calor potencializa quadros de desidratação, exaustão térmica e insolação. O risco é agravado para portadores de doenças crônicas — como condições cardiovasculares, respiratórias ou renais — além de trabalhadores que atuam expostos diretamente ao sol.
A SES-SP enfatiza que a vigilância deve ser redobrada com idosos, crianças e gestantes. A Pasta alerta categoricamente para o perigo de deixar pessoas vulneráveis ou animais em veículos fechados, mesmo que por breves períodos. Familiares e vizinhos devem monitorar idosos que vivem sozinhos, garantindo que estejam seguros durante o pico de temperatura.
Protocolos de prevenção recomendados
Para mitigar os efeitos nocivos deste evento climático, o governo estadual estabeleceu diretrizes claras. A prevenção é a ferramenta mais eficaz para evitar a sobrecarga do sistema de saúde.
Confira as medidas essenciais:
Hidratação constante: Beba água mesmo sem sentir sede.
Restrição de horários: Suspenda atividades físicas intensas entre 10h e 16h.
Proteção solar: Evite exposição direta ao sol nos horários críticos.
Vestuário: Priorize roupas leves e de cores claras.
Ambiente: Mantenha janelas abertas e locais ventilados.
"A avaliação clínica dos pacientes deve ser intensificada quanto à identificação de sinais e sintomas compatíveis com estresse térmico, como tontura, cefaleia e confusão mental." — Secretaria de Estado da Saúde.
Dados alarmantes de 2025
A preocupação com a atual onda de calor tem base estatística sólida. O monitoramento estadual revelou um salto significativo nos problemas de saúde relacionados ao clima. Entre janeiro e outubro de 2025, o estado registrou 1.052 atendimentos ambulatoriais por insolação e efeitos do calor.
Este número representa um crescimento de 27% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 827 casos. Embora as internações graves permaneçam baixas, com dois registros neste ano, a tendência de alta na busca por socorro médico acende o sinal de alerta.
Ao perceber sintomas como fraqueza, náuseas ou distúrbios hidroeletrolíticos, o cidadão deve buscar imediatamente a unidade de saúde mais próxima. Enfrentar esta nova onda de calor com responsabilidade e informação é vital para garantir o bem-estar coletivo e reduzir os impactos no sistema de saúde.
[1] https://abcdoabc.com.br/calor-intenso-efeitos-sistema-digestivo/
[2] https://www.saude.sp.gov.br