
A chegada de 2026 [1] traz festas e a tradicional queima de fogos, momentos em que proteger a audição se torna uma prioridade absoluta de saúde. Embora a virada simbolize renovação, o excesso de decibéis em shows e celebrações representa riscos reais ao bem-estar, especialmente para grupos mais vulneráveis como crianças e idosos.
De acordo com a Dra. Raquel Rodrigues, otorrinolaringologista do HOPE [2] – Hospital de Olhos de Pernambuco, a distância física atua como o melhor escudo preventivo. Manter-se a pelo menos 150 metros da fonte sonora é fundamental para a segurança dos ouvidos.
A especialista destaca ainda a importância de optar por fogos visuais, sem estampido. Essa escolha preserva o conforto de pessoas sensíveis e crianças, que possuem o conduto auditivo menor e mais suscetível a lesões.
Como proteger a audição de traumas acústicos severos
Mesmo exposições breves a sons de alta intensidade podem gerar traumas irreversíveis. O sistema auditivo humano possui mecanismos de defesa naturais, mas eles têm limites claros. Uma intensidade sonora extrema, ainda que momentânea, ultrapassa essa barreira biológica.
Para efetivamente proteger a audição, é necessário compreender que a vulnerabilidade não é exclusiva da terceira idade. Adultos jovens também sofrem danos significativos se ignorarem os limites de volume.
Quando o distanciamento físico da fonte de ruído não for viável, medidas de barreira física são recomendadas:
Abafadores tipo concha: Reduzem cerca de 30 decibéis do ruído ambiente.
Conforto e segurança: São mais indicados que protetores de inserção, pois evitam a introdução de objetos no canal auditivo.
Riscos invisíveis em caixas de som e shows
Durante as festas de Réveillon, a atenção deve ser redobrada próxima a equipamentos de som potentes. A norma regulamentadora NR-15 alerta que sons acima de 100 decibéis são toleráveis apenas por períodos curtíssimos.
Em eventos longos, a exposição contínua aumenta drasticamente o perigo. Ao evitar a proximidade imediata das caixas de som, você age de forma preventiva para proteger a audição contra perdas temporárias ou até definitivas.
Fique atento aos sinais que o corpo emite logo após o evento:
Zumbido persistente ou apitos;
Sensação de "ouvido tampado";
Dificuldade súbita de compreensão da fala.
Caso esses sintomas apareçam, a orientação médica é clara: afaste-se imediatamente do ruído, faça repouso auditivo e busque avaliação especializada se o desconforto persistir.
Cuidados além do som: fumaça e vias aéreas
A saúde na virada do ano também envolve o sistema respiratório. A fumaça dos fogos de artifício é um agente irritante poderoso para as vias aéreas, podendo desencadear crises em pessoas com rinite, asma ou bronquite.
Os sintomas variam desde ardor e ressecamento na garganta até falta de ar, dependendo da quantidade de fumaça inalada. A hidratação constante e o distanciamento das áreas de queima são essenciais.
Adotar medidas preventivas simples garante que a festa não termine em uma emergência médica. Ao respeitar a distância de segurança e os limites do seu corpo, você garante um início de ciclo saudável e consegue, de fato, proteger a audição para aproveitar 2026 com qualidade de vida.
[1] https://abcdoabc.com.br/cores-para-2026-como-escolher/
[2] https://www.hope.com.br