O verão [1], iniciado oficialmente em 21 de dezembro, exige atenção especial não apenas com a saúde humana, mas também com o bem-estar de cães e gatos. Durante a estação mais quente do ano, os pets ficam mais vulneráveis aos efeitos das altas temperaturas, que podem provocar desde desconforto térmico até problemas graves de saúde.
No verão, situações como desidratação, dificuldades respiratórias, queimaduras nos coxins — as “almofadinhas” das patas —, hipertermia e insolação tornam-se mais frequentes. Além disso, o calor favorece a proliferação de parasitas como pulgas, mosquitos e carrapatos, ampliando os riscos para os animais de estimação.
“O calor intenso pode desequilibrar rapidamente a saúde dos pets. Entre os sinais de estresse térmico que exigem atenção imediata estão respiração ofegante intensa, fraqueza, salivação excessiva, gengivas muito vermelhas, vômitos e até convulsões”, explica Bruna Mignoso, coordenadora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão [2] (PR).
Como proteger os pets no verão
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Para atravessar o verão com mais segurança, a recomendação é adotar uma rotina de cuidados simples, porém essenciais. A oferta constante de água fresca é indispensável, assim como ambientes com sombra e boa ventilação.
Entre as estratégias para aliviar o calor estão tapetes gelados, brincadeiras com água e até opções refrescantes na alimentação. Uma sugestão é congelar frutas permitidas para pets, como morango e melancia, misturadas com água de coco, oferecendo-as como um “sorvete” natural.
A veterinária destaca que cães e gatos não regulam a temperatura corporal pela transpiração, como os humanos. No verão, eles recorrem à respiração ofegante e à boca aberta para tentar dissipar o calor, o que reforça a importância de ambientes adequados.
Passeios exigem atenção redobrada
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Os passeios ao ar livre também precisam ser adaptados no verão. O ideal é realizá-los antes das 10h ou após as 16h, quando o solo está menos quente. Calçadas, ruas e asfaltos aquecidos podem causar queimaduras dolorosas nas patas dos animais.
“Jamais deixe um animal dentro do carro ou em ambientes fechados e com excesso de calor, nem por poucos minutos. Essa é uma medida básica de segurança”, alerta Bruna Mignoso.
Carrapatos se proliferam no verão
O verão cria o ambiente ideal para a multiplicação de carrapatos, especialmente em quintais com vegetação, áreas de mata e locais com grande circulação de animais. Além do incômodo, esses parasitas podem transmitir doenças graves.
A erliquiose, conhecida como “doença do carrapato”, pode causar anemia severa, febre, perda de apetite e complicações importantes. Em gatos, embora os casos sejam menos comuns, também há risco de hemoparasitoses.
Prevenção deve ser mantida durante todo o ano
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Embora seja necessária o ano inteiro, a prevenção antiparasitária torna-se ainda mais essencial no verão. Existem diversas opções no mercado, como medicamentos orais, pipetas aplicadas na pele e coleiras com proteção prolongada. Em muitos casos, a combinação desses métodos é a mais eficaz, principalmente para pets que frequentam áreas externas.
Caso o tutor encontre um carrapato, a remoção deve ser feita com cuidado, utilizando uma pinça adequada, puxando lentamente, sem torcer ou esmagar o parasita. Após a retirada, é fundamental higienizar o local e buscar orientação veterinária.
“Se houver muitos parasitas, não é recomendável remover por conta própria. O ideal é procurar um profissional para avaliar os riscos e adotar as medidas corretas”, orienta a especialista.
No verão, atenção, prevenção e informação são os principais aliados para garantir a saúde e o conforto de cães e gatos durante os dias mais quentes do ano.
[1] https://abcdoabc.com.br/verao-comeca-domingo/
[2] https://www.grupointegrado.br/
Anael Lopes 
