
O fim de ano é um período que, para muitos, acende sinais de alerta para a saúde mental no fim de ano. A chamada “Síndrome do Fim de Ano [1]” manifesta-se pelo aumento de ansiedade e depressão, frequentemente motivados pela pressão por metas não alcançadas e pela melancolia típica das festas.
Segundo o médico e consultor Dr. Vicente Beraldi Freitas, “muitos avaliam suas realizações e estabelecem novas metas. Enquanto alguns comemoram, outros sentem um vazio profundo por não atingirem expectativas pessoais ou profissionais”.
O efeito das redes sociais agrava ainda mais a situação. A exposição constante das conquistas alheias cria percepção distorcida da realidade e funciona como gatilho para quem já tem vulnerabilidade emocional. Os sintomas físicos podem incluir arritmia, sudorese e falta de ar, reforçando a importância da saúde mental no fim de ano.
Jovens e mercado de trabalho
Freepik
As gerações mais jovens são as mais afetadas pelo ritmo moderno e pela desconexão do mundo real. O aumento de casos de ansiedade tem provocado pedidos de demissão quando o ambiente de trabalho se torna emocionalmente insustentável.
“A ansiedade desconecta a pessoa do presente. Ela vive em constante preocupação com eventos negativos que ainda não ocorreram”, explica Dr. Freitas. Fatores como rescaldo da pandemia e polarizações sociais também contribuem para o agravamento, tornando essencial a atenção à saúde mental no fim de ano.
Prevenção no ambiente corporativo
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ambiente de trabalho é tanto onde os sintomas aparecem quanto onde a prevenção pode ser eficaz. A cultura organizacional e programas de medicina do trabalho são decisivos para o bem-estar dos colaboradores.
Empresas como a Confirp Contabilidade [2]adotaram protocolos de acolhimento. Segundo o consultor Josué Pereira de Oliveira, “a proximidade com o colaborador desde a contratação permite identificar sinais precoces de desgaste e iniciar ações de suporte”.
Dicas para preservar a saúde mental no fim de ano
Limite o uso de redes sociais: reduza o tempo online se notar comparações que afetam o humor.
Pratique autocompaixão: não atingir todas as metas do ano não é fracasso, mas aprendizado.
Procure ajuda profissional: sintomas físicos de ansiedade devem ser tratados com seriedade.
Diálogo aberto no trabalho: converse com RH ou gestores sobre prazos e bem-estar.
Investir na saúde mental no fim de ano beneficia tanto o indivíduo quanto a produtividade e retenção das organizações. Atenção, tempo e escuta ativa são os ativos mais valiosos na gestão de pessoas.
[1] https://abcdoabc.com.br/sindrome-do-fim-de-ano-tristeza-estresse/#goog_rewarded
[2] https://www.instagram.com/confirpcontabilidade/