
O volume de empregos com carteira assinada [1] no Brasil acaba de ultrapassar uma barreira histórica, consolidando o aquecimento da economia nacional. Segundo estatísticas do Novo Caged [2] (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgadas nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o país atingiu o marco de 5 milhões de novas vagas formais criadas desde janeiro de 2023.
Esse resultado ocorre em um cenário onde o desemprego atingiu o menor patamar da série histórica, situando-se em 5,2%. Apenas em novembro de 2025, o saldo foi positivo em 85.864 postos, fruto de quase 2 milhões de contratações contra 1,89 milhão de desligamentos.
O estoque total de vínculos ativos no país chegou a 49,09 milhões, o maior número já registrado. A manutenção do crescimento na oferta de empregos com carteira assinada demonstra a resiliência do mercado de trabalho frente aos desafios econômicos globais.
Acumulado do ano e desempenho histórico
Ao analisar o acumulado de janeiro a novembro de 2025, o Brasil contabiliza um saldo de 1,89 milhão de novos postos. Esse número supera os anos anteriores da gestão atual, que registraram 1,45 milhão em 2023 e 1,67 milhão em 2024.
A consistência na geração de empregos com carteira assinada reflete o desempenho positivo de todos os grandes grupamentos econômicos. Diferentes setores contribuíram para este superávit, garantindo que o mercado formal continue em expansão contínua.
Avanço dos empregos com carteira assinada por setor
O setor de Serviços lidera o ranking de contratações no acumulado do ano. Foram mais de 1 milhão de novas vagas (+4,5%), impulsionadas principalmente por atividades de informação, comunicação e serviços financeiros.
Confira o saldo de novos postos por setor econômico em 2025:
Serviços: +1.038.470 postos.
Comércio: +299.615 postos (destaque para o varejo com +186.268).
Indústria: +279.614 postos (foco na fabricação de alimentos).
Construção: +192.176 postos (impulsionada por obras de infraestrutura).
Agropecuária: +85.276 postos.
No recorte mensal de novembro, o Comércio e os Serviços foram os únicos a manter saldo positivo, sustentando a demanda por empregos com carteira assinada na reta final do ano. Em contrapartida, a Agropecuária, Construção e Indústria apresentaram retrações sazonais.
Desempenho regional e média salarial
Geograficamente, a região Sudeste segue como motor das contratações. Em novembro, os estados que mais geraram vagas absolutas foram:
São Paulo: +31.104
Rio de Janeiro: +19.961
Pernambuco: +8.996
Em termos relativos, o destaque ficou para a Paraíba e o Amazonas. Já no quesito remuneração, o salário médio real de admissão ficou em R$ 2.310,78. Esse valor representa uma estabilidade em relação a outubro, mas indica um aumento real de 3,03% (mais R$ 67,95) quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
A estabilidade salarial combinada com o aumento no volume de empregos com carteira assinada sugere um amadurecimento das relações trabalhistas e uma perspectiva otimista para o fechamento do ano econômico.
[1] https://abcdoabc.com.br/desemprego-cai-5-2-atinge-menor-nivel-historia/
[2] https://www.gov.br/trabalho-e-emprego/pt-br/assuntos/estatisticas-trabalho/novo-caged/novo-caged-2024/junho