
O encerramento de 2025 traz um alerta crítico para o mercado de trabalho brasileiro: o esgotamento [1]profissional não apenas persiste, como se consolida como uma das maiores ameaças à produtividade. Dados do Ministério da Previdência Social revelam um cenário alarmante: em 2024, mais de 440 mil profissionais foram afastados por transtornos mentais, um salto de 67% em comparação ao ano anterior.
O "Gatilho Estrutural" do Fim de Ano
Para o Dr. Danilo Suassuna, [2] psicólogo e diretor do Instituto Suassuna, o mês de dezembro atua como um catalisador de crises. O acúmulo de metas, revisões de desempenho e equipes reduzidas por férias criam o ambiente perfeito para o colapso emocional.
"Dezembro não cria o burnout; ele apenas expõe um desgaste acumulado. Quando a cultura da empresa normaliza a disponibilidade permanente, o esgotamento torna-se previsível", explica o especialista.
O Impacto Financeiro da Exaustão
O Burnout, classificado pela OMS como síndrome ocupacional, não é apenas um problema humano, mas um risco financeiro severo.
Perda Global: A depressão e a ansiedade custam mais de US$ 1 trilhão anuais em produtividade no mundo.
Cenário Nacional: No Brasil, transtornos mentais já figuram entre as principais causas de auxílio-doença, superando lesões físicas em diversos segmentos.
Retorno sobre Investimento: Dados da OMS indicam que cada US$ 1 investido em saúde mental gera um retorno de US$ 4 em produtividade e redução de custos.
Gestão Mental como Estratégia de Negócio
Em 2025, a diferença entre empresas resilientes e vulneráveis reside na abordagem da saúde emocional. Segundo o relatório do Great Place to Work:
Empresas com políticas sólidas de bem-estar têm 34% menos rotatividade.
O ganho de produtividade nessas organizações chega a 25%.
Como evitar o colapso em dezembro?
O Dr. Suassuna elenca medidas prioritárias para as lideranças:
Revisão de Metas: Estabelecer objetivos realistas para o fechamento do ano.
Desconexão Efetiva: Respeitar horários de descanso no modelo híbrido e combater a hiperconectividade.
Capacitação de Líderes: Treinar gestores para identificar sinais de sofrimento psíquico antes do afastamento.
Conclusão: O fechamento de 2025 é um divisor de águas. As organizações que ignorarem o fator emocional enfrentarão riscos operacionais crescentes, enquanto aquelas que ajustarem suas práticas agora garantirão a sustentabilidade do negócio para o próximo ciclo.
[1] https://abcdoabc.com.br/setembro-amarelo-e-empatia/
[2] https://www.instagram.com/danilosuassuna/