Crises e polêmicas marcantes de Alexandre de Moraes no STF

Crises e polêmicas marcantes de Alexandre de Moraes no STF
Crises e polêmicas marcantes de Alexandre de Moraes no STF O ministro Alexandre de Moraes [1] voltou a ser o centro das atenções e questionamentos públicos após a divulgação de informações que indicam que ele teria tentado interceder em favor do Banco Master [2]durante uma conversa telefônica com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Na época dos contatos revelados pela matéria, o Banco Central estava avaliando a proposta de aquisição do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília). Em setembro deste ano, a autoridade monetária rejeitou a operação, que culminou em novembro com a liquidação do banco em questão. Rosinei Coutinho/STF Ainda segundo as informações, o escritório de advocacia liderado por Viviane Barci, esposa de Moraes, possui um contrato avaliado em R$ 3,6 milhões mensais desde 2024 para defender os interesses do Banco Master. O ministro se defendeu das acusações, afirmando que sua conversa com Galípolo foi exclusivamente sobre a aplicação da Lei Magnitsky, que o governo dos Estados Unidos impôs a ele em julho deste ano. "Nas reuniões, discutimos apenas questões específicas relacionadas às consequências graves da referida lei, especialmente no que tange à movimentação bancária e ao uso de contas correntes e cartões", declarou Moraes em nota oficial. Principais episódios de Alexandre de Moraes no STF Antônio Cruz/Agência Senado INQUÉRITO DAS FAKE NEWSDesde 2019, Moraes é responsável pelo inquérito das fake news, iniciado por determinação do então presidente do STF, Dias Toffoli. A investigação já completou seis anos e é alvo de críticas devido à sua extensão e às ordens de censura emitidas ao longo do processo. CENSURA À REVISTA CRUSOÉNo mês de abril de 2019, Moraes ordenou a retirada do ar de uma reportagem da Revista Crusoé que fazia menção ao nome do empreiteiro Marcelo Odebrecht em conexão ao ex-presidente do STF. Após pressão da sociedade civil, ele revogou essa decisão três dias depois. BUSCA E APREENSÃO CONTRA EMPRESÁRIOSEm agosto de 2022, atendendo a um pedido da Polícia Federal, o ministro autorizou buscas e apreensões contra empresários que enviaram mensagens consideradas golpistas em um grupo de WhatsApp. A situação veio à tona através de uma matéria publicada pelo Metrópoles. COMANDO DO TSE EM 2022Moraes assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral durante as eleições de 2022. Esse período foi marcado pela propagação de desinformação sobre as urnas eletrônicas por parte do governo Bolsonaro e pelas ações do tribunal que também suscitaram questionamentos. Ele determinou que plataformas como Meta e Twitter removesse perfis bolsonaristas e conteúdos considerados antidemocráticos. Em agosto de 2024, um relato da Folha apontou que Moraes utilizou informações obtidas no TSE para fundamentar decisões posteriores no STF que afetaram políticos ligados ao bolsonarismo. XINGAMENTO NO AEROPORTO DE ROMANo mês de julho de 2023, Moraes se envolveu em uma polêmica no aeroporto de Roma. Segundo relatos fornecidos pelo próprio ministro, familiares do empresário Roberto Mantovani teriam proferido ofensas contra ele e agredido seu filho. O incidente levou à abertura de um inquérito e à ordem de busca e apreensão contra Mantovani por parte da então presidente do STF, Rosa Weber. Em dezembro de 2024, os envolvidos apresentaram uma carta se retratando pelo ocorrido e o processo foi encerrado pelo ministro Dias Toffoli. GESTO OBSCENO NO ESTÁDIO DO CORINTHIANSEm julho de 2025, o ministro foi flagrado fazendo um gesto obsceno para um torcedor durante uma partida entre Corinthians e Palmeiras na Neo Química Arena. Este episódio ocorreu um dia após os Estados Unidos imporem sanções contra Moraes via Lei Magnitsky. JULGAMENTO DE BOLSONAROOs inquéritos sobre fake news e milícias digitais — este último iniciado em 2021 — culminaram em um julgamento sobre a tentativa de golpe [3] após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro [4] em 2022. Em setembro deste ano, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses por tentar perpetuar-se no poder após perder as eleições. Este foi um marco histórico como a primeira vez que um ex-presidente brasileiro foi punido por tal crime. [1] https://portal.stf.jus.br/ostf/ministros/verMinistro.asp?id=50&periodo=STF [2] https://abcdoabc.com.br/tag/banco-master/ [3] https://abcdoabc.com.br/alexandre-de-moraes-vota-condenacao-bolsonaro/ [4] https://abcdoabc.com.br/bolsonaro-solucos-procedimentos-cirurgicos