Na última quarta-feira (9), Carlo Ancelotti, atual técnico da seleção brasileira de futebol, recebeu uma condenação de um ano de prisão pela Justiça espanhola devido a irregularidades fiscais. A decisão foi proferida por um tribunal em Madri e refere-se à não declaração de impostos sobre os rendimentos provenientes dos direitos de imagem do treinador, recebidos em 2014, quando ocupava o cargo de treinador do Real Madrid.
Além da pena privativa de liberdade, Carlo Ancelotti deverá arcar com uma multa de 386 mil euros, equivalente a aproximadamente R$ 2,5 milhões, que deverá ser paga à Receita Federal da Espanha. A defesa do treinador sempre se posicionou afirmando sua inocência, especialmente durante o julgamento realizado em abril deste ano, onde a Promotoria solicitou uma pena ainda mais severa: quatro anos e nove meses de prisão.
Desde maio, Carlo Ancelotti ocupa o comando da seleção brasileira e possui um histórico significativo no Real Madrid, onde teve duas passagens: a primeira entre 2013 e 2015 e a segunda iniciada em 2021, com previsão de término em maio de 2025.
Vale destacar que, conforme a legislação espanhola, penas inferiores a dois anos para crimes não violentos são frequentemente passíveis de suspensão para réus sem antecedentes criminais. A Espanha é conhecida por sua rigorosa postura em relação à evasão fiscal; diversas personalidades já enfrentaram problemas semelhantes. Um exemplo recente foi o caso da cantora Shakira, que teve uma solicitação do Ministério Público para oito anos de prisão em 2022 por fraude fiscal, mas conseguiu um acordo em novembro de 2023.
Até o momento da publicação deste artigo, Ancelotti [1] não havia se pronunciado publicamente sobre a condenação. Da mesma forma, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF [2]), responsável por sua contratação, ainda não se manifestou sobre o caso.
[1] http://Ancelotti
[2] https://abcdoabc.com.br/cbf-impedimento-semiautomatico-brasileirao-2026/
Anael Lopes 
