
O cerco contra agressores de mulheres [1] intensificou-se nesta terça-feira (30) com o início de uma grande operação integrada em todo o território paulista. O Governo de São Paulo colocou nas ruas um efetivo de 1,7 mil policiais e mil viaturas para cumprir mandados expedidos pela Justiça, batizando a ação de "Ano Novo, Vida Nova".
Coordenada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP [2]) por meio da Polícia Civil, a mobilização conta com suporte estratégico da Secretaria de Políticas para a Mulher. O foco é claro: tirar de circulação indivíduos que representam risco iminente às vítimas e que desafiam o sistema judicial.
Cerco contra agressores de mulheres fecha o ano
A ofensiva começou ainda na segunda-feira (29), antecipando os esforços para garantir a segurança na virada do ano. Em um balanço preliminar, as forças de segurança já executaram 225 mandados de prisão em diversas regiões do estado.
Segundo a delegada Cristiane Braga, coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), a ação envia um recado direto à criminalidade.
“É a resposta para os agressores que imaginavam que poderiam ficar na impunidade.”
A estratégia visa não apenas a punição, mas a interrupção imediata de ciclos de violência. Ao prender esses agressores de mulheres, o Estado busca evitar que ameaças e lesões corporais evoluam para casos de feminicídio.
Integração das forças de segurança
A operação "Ano Novo, Vida Nova" é parte de uma política de enfrentamento permanente. O modelo une repressão policial qualificada com políticas públicas de acolhimento. Para as autoridades, a prisão dos agressores de mulheres é uma etapa vital para restabelecer a dignidade das vítimas.
Osvaldo Nico Gonçalves, secretário da Segurança Pública, destacou a firmeza da atuação estatal:
“Essa operação reflete a integração das forças de segurança com as políticas de proteção às mulheres. A prisão de agressores é uma medida fundamental para preservar vidas, garantir dignidade e demonstrar que o Estado atua de forma firme e coordenada contra a violência doméstica.”
Foto: Governo de São Paulo
Proteção à vida e tolerância zero
A Secretaria de Políticas para a Mulher atua diretamente no suporte à operação, reforçando o caráter preventivo da medida. O objetivo central é agir antes que a violência se concretize ou se agrave.
Adriana Liporoni, titular da pasta, reforça que capturar agressores de mulheres significa libertar famílias inteiras do medo.
Prioridade: Ação antes do fato consumado.
Meta: Encerrar o ano com mais vidas protegidas.
Impacto: Segurança jurídica e física para as vítimas.
“Nosso compromisso é agir antes que a violência aconteça. Queremos encerrar o ano com mais vidas protegidas, porque cada agressor capturado significa mais uma família livre da violência. Prioridade absoluta do Estado de São Paulo.”
Movimento SP Por Todas
As ações repressivas contra agressores de mulheres são sustentadas pelo movimento SP Por Todas. A iniciativa amplia a visibilidade das políticas públicas e fortalece a rede de proteção e autonomia feminina.
Entre as ferramentas estruturantes geridas pelo governo, destacam-se:
Aplicativo SP Mulher Segura: Conexão direta entre vítimas e forças policiais.
DDMs 24 horas: Expansão do atendimento especializado ininterrupto.
Para encerrar o ciclo de impunidade, o Governo mantém a vigilância constante, assegurando que os agressores de mulheres respondam rigorosamente pelos seus atos perante a Justiça.
[1] https://abcdoabc.com.br/falhas-justica-favorecem-feminicidios-aponta-dados/
[2] https://www.ssp.sp.gov.br